Com participação ativa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e de outras 50 entidades, entre empresas, ONGs e associações de classe, foi lançada, oficialmente, nesta quarta-feira (24), em São Paulo, uma aliança denominada Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, cujo objetivo básico é propor políticas públicas, ações e mecanismos financeiro/econômicos para estimular a agricultura competitiva e de baixo carbono, incluindo pecuária e florestas plantadas, que impulsionem o Brasil como líder global da economia sustentável.

Iniciado em dezembro do ano passado, o movimento que resultou na criação da Coalizão contou, desde o início, com participação ativa da Abag. “Para nós, a Coalizão representa um esforço inédito de união de empresas e entidades do setor privado com organizações ambientalistas, em favor de uma agenda comum que contribua expressivamente para o desenvolvimento sustentável do país”, define Beatriz Secaf, coordenadora de Sustentabilidade da Abag e que participou do esforço de concepção da Coalizão.

O objetivo da Abag é colaborar com as discussões, contribuindo com a visão do setor, e trabalhar em conjunto com as demais organizações participantes da Coalizão. Dessa forma, entende a entidade, o setor será inserido na pauta com maior representatividade. Vale ressaltar que a Abag sempre considerou a sustentabilidade como fator estratégico em sua atuação, apoiando ou promovendo ações como a disseminação do conceito iLPF – Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, o esforço de ampliação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), assim como estimulando o debate sobre a necessidade de recuperar áreas degradadas. Esse tema também será central no 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, denominado Sustentar é Integrar, que a entidade promoverá no dia 3 de agosto, em São Paulo.

De forma prática, um dos focos imediatos da Coalizão é colocar em discussão 17 metas que abordam, dentre outros temas, a implantação efetiva do Código Florestal, a criação de mecanismos de valorização econômica dos serviços dos ecossistemas e o combate ao desmatamento ilegal. A ideia é criar uma agenda de desenvolvimento sustentável até 2030. Outro objetivo da Coalizão é atuar no âmbito da Convenção do Clima das Nações Unidas, contribuindo para a proposta brasileira na COP21 (21a Conferência das Partes da Convenção), marcada para o período de 30 de novembro a 11 de dezembro deste ano, em Paris.

“Buscamos desenvolver competências para lidarmos com os diferentes conflitos de interesses existentes na sociedade, de forma a obter convergência com vistas a ter instrumentos de gestão num cenário muito mais complexo do que foi no passado”, definiu Ricardo Guimarães, um dos integrantes da Coalizão e que apresentou a iniciativa durante seu lançamento.

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