Com a presença de 700 participantes de todas as partes do país, foi realizado, em outubro, com o apoio da ABAG, a primeira edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. Durante dois dias, um seleto grupo de especialistas debateu temas como: perspectivas do agronegócio, produtividade e sustentabilidade no campo, mecanização e agricultura de precisão, gestão, cooperativismo, desafios da logística e empreendedorismo entre outros tópicos. O evento foi um grande sucesso e deverá ser repetido no próximo ano.

Na abertura do primeiro dia, foram apresentados os resultados da pesquisa “Mulheres no Agronegócio Brasileiro”, encomendada pela ABAG e pelo IEAg – Instituto de Estudos do Agronegócio, realizada pela Fran6 Pesquisa e Biomarketing Consultoria & Agência, e viabilizada pelo Transamérica Expo Center e PwC. Entre outros resultados, a pesquisa, que ouviu 301 mulheres, apontou que: as empreendedoras do agronegócio são mais preparadas, conectadas, comunicativas, abertas à inovação tecnológica e possuem uma visão mais abrangente do negócio.

O levantamento revelou também que 60% das mulheres que atuam no campo têm curso superior, 25% possuem pós-graduação e, nada menos que 88% são independentes financeiramente. Outro dado: 71% das entrevistadas já tiveram alguma experiência de discriminação na atividade pelo fato de ser mulher. Nesse aspecto, entre as principais dificuldades apontadas por elas estão: não serem obedecidas pelos funcionários (43%) e resistência da família quando manifestam interesse pelo negócio (41%). Em relação ao uso de ferramentas da internet, o levantamento apontou que 69% acessa a web todos os dias – na população brasileira o percentual é de 48% – e que 80% delas usam redes sociais.