Com o tema “Sustentar é Integrar”, a 14ª edição do Congresso reuniu em São Paulo, no dia 3 de agosto de 2015, as principais lideranças e empresários do setor. O tradicional evento vem ao longo dos anos estimulando o debate sobre o maior setor da economia brasileira e propondo saídas para seus persistentes gargalos. Neste ano o papel decisivo do agronegócio brasileiro que concilia produção de alto desempenho, com conservação ambiental, benefícios sociais, geração de empregos e rendas, foi ainda mais destacado em função da atual crise do país.
Mesmo sendo o agronegócio a âncora da economia, colocando o Brasil como o maior produtor de várias culturas, garantindo os números positivos de sua balança comercial, ainda há muito que fazer pelo setor para garantir sua competitividade. “Ficou claro, nas várias palestras e debates realizados no congresso, a necessidade de termos uma legislação trabalhista mais atualizada e adaptada às reais necessidades do setor. Da mesma forma, temos de desenhar um modelo de crédito rural diferente do que foi instituído há 50 anos, quando tínhamos outra realidade produtiva no país. Hoje, por exemplo, alguns produtores plantam e colhem até três safras por ano. Temos de ter, portanto, mecanismos de crédito mais ágeis”, disse o presidente da ABAG, Luiz Carlos Corrêa Carvalho.
Nos últimos 10 anos, o Brasil mais do que dobrou a produção de soja e milho, por meio da otimização de recursos naturais e do maior uso de tecnologia e inovação, tornando-se um dos maiores produtores mundiais de grãos. Segundo dados do Conab, entre 2004/2005, por exemplo, a produção de grãos foi de 2.949 kg/ha e a previsão de 2014/2015 é de 4.858 kg/ha.
O Prêmio Personalidade do Agronegócio Ney Bittencourt de Araújo 2015 foi para Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Prêmio Norman Borlaug foi para Moacyr Corsi, professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo.
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