Os depoimentos dos três principais candidatos à Presidência da República, exibidos em vídeo no 9º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), no último 9 de agosto, tiveram um caráter generalista, sem mergulhos mais profundos sobre as questões apresentadas. Os três presidenciáveis (Dilma, Serra e Marina) receberam um documento sobre as demandas do setor, com um plano de metas para o período 2011-2020. O material foi preparado pela Abag, com contribuições de importantes entidades do agronegócio.

Queríamos conhecer o programa de cada um dos presidenciáveis em cima dos seis pilares básicos que nortearam o trabalho: Garantia de Renda para o Produtor; Infraestrutura e Logística; Política de Comércio Exterior; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Defesa Agropecuária; e Institucionalidade.

É verdade que todos eles elogiaram o agronegócio e destacaram o seu papel de protagonista nos próximos anos para o crescimento da economia e a erradicação da pobreza no País. Sem dúvida, uma prova do reconhecimento ao setor. Por que então não elaboramos uma plataforma global para o agronegócio?

Em 2009, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio ficaram próximas a U$ 65 bilhões. A meta é dobrar essa cifra para o fim da próxima década. Atualmente, da sua produção, cerca de 70% abastecem o mercado interno, e o restante sustenta a balança comercial. Nada compromete a segurança alimentar interna.

Portanto, o agronegócio deve ser tratado com absoluta prioridade, com estabelecimento de metas e ações estratégicas para serem cumpridas. É uma questão de Estado e não de governo. O País carece hoje de racionalidade e coordenação na estrutura da administração pública para conduzir um setor bem complexo e imenso.

Empresas, associações e produtores, preocupados com essa complexidade, apresentaram no 9º CBA um projeto de comunicação para o agronegócio brasileiro. Temos de investir na imagem do setor, aqui e lá fora. O agronegócio brasileiro vive exposto a múltiplas interpretações, muitas delas sendo críticas, negativas e radicais, criando situações que maculam gratuita e injustamente a sua imagem.

O objetivo principal é mostrar ao público urbano as qualidades do agronegócio brasileiro. Temos consciência da importância da comunicação, mas o fato é que nós comunicamos mal. As cadeias do pujante agronegócio brasileiro devem se unir para alavancar a sua imagem junto aos vários segmentos da sociedade brasileira.

Com intuito de ecoar em todos os rincões do Brasil as mensagens apresentadas no Congresso, a Abag, mais uma vez, transmitiu o evento em tempo real pela internet, o que proporcionou a participação de mais de cinco mil pessoas.

Carlo Lovatelli
Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG)

 

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Boa leitura!