A COP30, que acontecerá em Belém (PA), representa uma excelente oportunidade para que a Agroindústria seja reconhecida como parte da solução para os desafios do clima, fazendo com que a legitimidade entre discurso e prática seja percebida no Brasil e perante a comunidade internacional. Mais do que nunca, é de fundamental importância que a cadeia produtiva do Agro reafirme seu papel relevante no cenário global das mudanças climáticas, destacando o protagonismo brasileiro acerca do tema.
Ao longo dos anos, o setor vem se desenvolvendo de maneira sustentável, buscando práticas inovadoras que conciliam produtividade com preservação ambiental, bem como a valorização de aspectos socioeconômicos.
Com esse propósito, o fórum “Rumo à COP30: O Agronegócio e as Mudanças Climáticas”, realizado em 23 de abril de 2025, reuniu vozes diversas com diferentes pontos de vista em torno de um objetivo comum: a construção de uma trilha para um futuro cada vez mais justo e sustentável.
O encontro contou com a participação de representantes governamentais, empresas, entidades setoriais, membros da academia, cientistas e pesquisadores, estabelecendo um espaço de diálogo inclusivo e colaborativo.
A partir das discussões promovidas no Fórum, com base nas contribuições de todas as pessoas envolvidas nas mesas de debates que trataram três grandes questões centrais sobre Agro e clima, foi elaborado pelo grupo de mentores – renomados especialistas e técnicos que nortearam os trabalhos nas mesas -, este documento, que serve para orientar a atuação do Agronegócio na COP30, bem como um instrumento de advocacy perante diversos públicos estratégicos.
Este posicionamento setorial destaca como a agropecuária pode ser um agente de transformação dentro da agenda de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, oferecendo caminhos para práticas agrícolas que reduzam as emissões de carbono e promovam a resiliência climática. Além disso, aborda estratégias para destravar o financiamento vital para o setor, explorando soluções que facilitem o acesso a recursos financeiros e impulsionem a inovação sustentável.
Um dos pontos de destaque é o papel dos biocombustíveis na descarbonização e diversificação energética. Como ressalta a Agência Internacional de Energia (IEA), “os biocombustíveis avançados desempenham um papel crucial no corte das emissões de gases de efeito estufa nos transportes, especialmente em países com forte base agrícola como o Brasil”.
Por fim, o documento analisa a relação entre o Agro e o mercado de carbono, investigando como o setor pode se integrar de forma eficaz ao comércio desses créditos, cooperando para uma economia global de baixo carbono.
Esses temas são fundamentais não apenas para o fortalecimento do Agronegócio no Brasil, mas para a construção de um futuro ambientalmente equilibrado e economicamente sustentável em todo o mundo.
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