Na abertura da COP 29, em Baku (Azerbaijão), países da América Latina e do Caribe mostraram o potencial de sua agricultura para responder aos desafios da crise climática reduzindo a vulnerabilidade aos cada vez mais frequentes eventos extremos.
Em evento oficial organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o presidente da Iniciativa Internacional para o Agronegócio Brasileiro da ABAG e membro do Grupo de Países Produtores do Sul (GPS), embaixador Roberto Azevêdo, enfatizou que a transição para uma economia verde não vai acontecer sem custos, destacando que o verdadeiro financiamento não virá de doações e subsídios, mas de incentivos e regulamentações. Nesse sentido, é essencial que surja um verdadeiro mercado global de carbono.
O embaixador também chamou atenção para o papel da agricultura como solução.
“Nenhum outro setor além da agricultura pode sequestrar carbono. Vamos usá-lo ou vamos continuar a culpá-lo? Temos que trazê-lo a bordo sendo inteligentes, construindo uma equação econômica que seja realmente eficaz para colocar a transição nos trilhos.”
Entre os participantes do painel estavam o cientista Rattan Lal, uma das maiores autoridades mundiais em ciências do solo; José Abelardo Mai, ministro da Agricultura e Segurança Alimentar de Belize; Luis Pocasangre, diretor geral do Centro de Pesquisa e Educação Superior Agropecuária Tropical (CATIE); Alejandro Martínez, diretor de Agricultura Inteligente da Agência Católica de Serviços de Socorro; Clifford Martínez, coordenador de Gestão da Água do Ministério da Agricultura de Belize e Manuel Otero, diretor Geral do IICA.
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