As recentes medidas anunciadas pelo governo para tentar conter a inflação dos alimentos demonstra que esta é uma questão urgente e bastante sensível a ser resolvida, mesmo que aparentemente não tragam grandes resultados imediatos. Ainda, as importações de produto sem alíquotas deverão ser bastante observadas para que não haja distorções comerciais irreversíveis
A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) destaca que o Brasil é hoje um grande produtor e exportador de alimentos e energia e precisa, de fato, reforçar e incentivar a sua produção agrícola e fortalecer a biocompetitividade.
Para isso, algumas iniciativas, que há muito tempo são demandas recorrentes do Agro, devem ser implementadas. Podemos citar a necessidade de um plano robusto de estocagem de produtos agrícolas nas propriedades com financiamentos atrativos que possibilitem tais investimentos, um programa de seguro rural apropriado para a gestão de riscos, além de projetos de mais longo prazo com recursos voltados para máquinas, equipamentos e softwares garantindo a produtividade e infraestrutura mínima de atendimento logístico, entre outros.
Em relação ao pedido de revisão de impostos estaduais sobre produtos essenciais, esta é uma medida com grande potencial e deve ter efeito positivo imediato para os consumidores e de longo prazo para a cadeia produtiva. Basta revisitarmos a isenção do ICMS ao etanol em São Paulo, há alguns anos. O produto ficou mais competitivo nas bombas com a queda dos preços ao consumidor, fez aumentar a demanda e crescer a arrecadação ao Estado.
Exemplos, não faltam. O governo precisa agir imediatamente nesses campos e o setor privado está disposto a contribuir para a construção desta agenda.
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