Artigo de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, sobre o 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio na coluna da Agrishow Digital.
“A visão da competitividade engloba não somente as questões da produtividade total dos fatores, mas, com ela, o foco em sustentabilidade da oferta das cadeias produtivas do Agro brasileiro, sua geração de impactos macro positivos como a balança comercial do país, a geração de empregos e renda e o constante esforço em pesquisa e desenvolvimento no nosso agro tropical.”
O 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio, preparado pela ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio e B3, tem como tema “Integrar para Fortalecer”. Ele dá sequência aos Congressos anteriores, que sempre procuraram abraçar a temática prioritária ao Agro brasileiro que é competitividade.
A visão da competitividade engloba não somente as questões da produtividade total dos fatores, mas, com ela, o foco em sustentabilidade da oferta das cadeias produtivas do Agro brasileiro, sua geração de impactos macro positivos como a balança comercial do país, a geração de empregos e renda e o constante esforço em pesquisa e desenvolvimento no nosso agro tropical. A análise da “pegada de carbono” mostra o quanto o agro é positivo ao país.
A base do grande crescimento do Brasil como um dos três maiores exportadores mundiais, após ter sido importador até as décadas de 1970 e 1980, é ciência.
Este fato relevante de sua base de desenvolvimento reforça a importância da geopolítica ao Brasil e suas variáveis em acelerado processo de mudanças. Também chave é a discussão desse tema e as instituições relevantes ao país como a OMC, assim como os riscos derivados de um processo de desglobalização em blocos fragmentados e potencial volta de subsídios distorcivos ao mercado.
Outro tema relevante na Integração, além dos trabalhos a quatro mãos, público e privado, é a questão do meio ambiente e dos mercados. A cada momento percebe-se uma tentativa de se criar mecanismos precaucionistas de países ou blocos, no sentido de preservar seus mercados. Também se discutirá a lógica da integração da tecnologia e da inovação e seus impactos ao país e ao setor do Agro.
Esse Congresso se realiza em um momento de enormes incertezas, pós pandemia e em plena guerra entre a Rússia e a Ucrânia, gerando insegurança alimentar e energética, com comportamentos de países e blocos ricos num tipo de retrocesso nas questões ambientais. Mesmo assim, as pressões sobre o Brasil com narrativas fortes contra o posicionamento dos índices crescentes de desmatamento da Amazônia é outro fator relevante a ser debatido no evento.
Após os três Painéis citados, o Congresso terá como último Painel o tema referente às Perspectivas 2023/26 com as eleições majoritárias de outubro/22. A discussão trará personagens importantes do cenário político nacional, diretamente ligadas ao agronegócio, com grande experiência executiva e legislativa.
Integrar para fortalecer é o lema que deverá indicar ações essenciais de coordenação ao novo momento a ser preparado como o mercado de carbono global, onde o Brasil terá desafios e grandes oportunidades.
Fonte: Agrishow Digital
Comentários