O ano de 2022 foi, talvez, um dos mais complexos da história da ABAG. Quando se esperava a mudança da pandemia para endemia, a China voltou a radicalizar o controle da COVID, o que significou um impacto não esperado. No mesmo momento, a Rússia invadiu a Ucrânia, trazendo graves transtornos à economia global: problemas de logística, que já sofria o impacto da lenta recuperação da oferta de produtos frente à velocidade de reação da demanda pós-pandemia; questionamentos sobre a possibilidade de acesso a fertilizantes, muito mais caros; crise fiscal nos países (e no Brasil) pelas ajudas pesadas aos mais necessitados; e subida impressionante da inflação em países ricos, emergentes e em desenvolvimento, com a proliferação de políticas monetárias restritivas nos países. Mesmo assim, o agro brasileiro foi muito bem! Na média se saiu bem e novamente conseguiu contribuir muito para os resultados da balança comercial brasileira.
A ABAG procurou atuar ativamente no esforço de uma política integrada público privada na questão relativa à OMC – Organização Mundial do Comércio –, participando oficialmente da Reunião Ministerial de junho, que teve resultados interessantes ao país: um ótimo caminho de integração e muito trabalho conjunto entre o agro e os Ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e de Relações Exteriores! E por isso mesmo o grande tema do Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado em agosto, foi intitulado “Integrar para fortalecer”.
Deu seguimento ao seu posicionamento em relação às mulheres e o agro, por meio da Academia de Liderança para Mulheres no Agronegócio e o Prêmio Mulheres no Agro. Valorizou-se muito a participação da ABAG na Agrishow 2022, com excelentes resultados, ao mesmo tempo em que deu sequência ao Diálogo Agropolítico Alemanha-Brasil.
Da mesma forma, atuou junto ao IPA – Instituto Pensar Agro –, ao GPS – Grupo dos Países Produtores do Sul –, à APEX, no programa PAMAGRO, e à Coalizão Brasil – Clima, Florestas e Agricultura, além de participar em vários eventos ligados ao agronegócio durante todo o ano.
O Brasil terminou o ano relativamente bem em relação à grande maioria dos países, com efetivo crescimento do PIB e enfrentou uma eleição dividida em final de outubro, que elegeu um novo governante a partir de 2023. As expectativas estão pela procura ativa da união do país, tendo em vista as ameaças que se apresentam para os próximos anos, como consequência dos efeitos difíceis à economia brasileira desde 2020.
Queremos agradecer o suporte dos Associados e esperamos corresponder a todos nos anos à frente.
Boa leitura!
Luiz Carlos Corrêa Carvalho
Presidente da ABAG (Gestão 2022-2023)
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